Em fevereiro desse ano Bruno e eu fu fomos para o parque Nacional de Itatiaia comemorar o aniversário dele. Sem as crianças, no final de semana do aniversário dele e fizemos o que mais alimenta nossa alma…escalar uma via clássica. Fomos para fazer a Chaminé do Idalício e acampar. Era meu presente para ele.
E nesse acampamento, pensávamos o tempo todo em voltar e acampar com as crianças lá, propiciar essa experiência inesquecível que só esse lindo parque pode dar.
Voltando um pouquinho, Itatiaia é um dos lugares mais incríveis para quem ama montanha. É o primeiro Parque Nacional Brasileiro, intitulado em 1937 e fica na Divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. E embora o tempo nas cidades esteja com quase 30graus, lá em cima pode ter a certeza que o friozinho chegará aos seus 10 graus a noite. Sem contar a vegetação de alta montanha e as paisagens de renovar qualquer espirito cansado de cidade!
Para inspirar antes mesmo de começarem a ler o nosso relato, dá um olhadinha nesse filme abaixo, quem sabe ele não serve de inspiração para ler o relato todo e já correr pro site agendar seu próprio acampamento!
E então planejamos para um final de semana após a liberação da entrada de carros. Já começamos com dicas para quem quer ir lá com crianças pequenas. Algumas épocas do ano, o símbolo do parque – o lindo sapo flamenguinho, está em reprodução. Esse período coincide com verão e época de chuvas. Em 2017, a partir de maio se encerrou esse período e então os carros com ocupantes que irão acampar podem passar e ir até o estacionamento do abrigo. Qual a diferença? Toda…são 4km entre a entrada do parque e o abrigo. Se não for autorizado a entrar com o carro, terá que estacionar na entrada do parque e caminhar esses 4km com as crianças e todo o equipamento. Isso pode não ser complicado para uma família com uma criança ou para pais “sherpa”, ou crianças maiores. No nosso caso, com 2 crianças, acampando em junho (com maior friaca) era bastante coisa e ir de carro até o local faria a diferença.
Nossa turma completa, 12 adultos e 6 crianças e bebês.Outro ponto muito importante a ser considerado quando se pensa em acampar lá. Quando acabam as chuvas e começa a “temporada” de montanha, o resto do Brasil também tem a idéia de acampar lá. Isso torna conseguir vaga de camping e abrigo uma aventura a parte.
O parque é extremamente organizado. Para acampar lá ou dormir no abrigo Rebouças, é preciso fazer reserva com antecedência. Essa reserva pode ser feita com 30 dias de antecedência do dia desejado, através desse site.
Nós tentamos duas vezes antes de conseguir a vaga. Primeiro porque queríamos ir com amigos, mais de 10 pessoas. A capacidade do camping são 16 barracas, sendo que 4 ficam abertas para pessoas que chegam sem reserva, no dia. Exatamente a meia-noite entramos em duas pessoas no site e tentamos fazer a reserva para 4 barracas cada uma. Mas efetivamos nossa tentativa 00:04. Não foi dessa vez, naquele final de semana não conseguimos efetivar a reserva.
Decidimos outra data e exatamente meia-noite da noite de 30 dias de antecedência, lá estávamos nós de novo. E dessa vez conseguimos, reservamos 8 barracas! Parecíamos crianças ganhando um doce delicioso! É sempre assim? Para a temporada de montanha sim (junho a agosto), para grupos maiores, sim. E for fora desses meses ou nesses meses apenas uma barraca, isso não será problema.
E aí começamos os preparativos. Ver quem realmente iria, decidir comidinhas e nos prepararmos para a previsão do tempo (torcendo por tempo aberto).
A previsão era de tempo bom, mas bem frio. Uma dica de boa previsão para lá é o Accuweather, que é bem preciso.
Lá no parque também tem uma pequena estação meteorológica que é muito boa, e sempre vale o acesso para saber quais são as condições atuais de lá. Dá um olhadinha!
Para entrar no parque precisa pagar. Para acampar também. Mas sabe, a gente paga com prazer porque o parque está tão bem cuidado, tão bem controlado. Bom seria se esse exemplo fosse seguido por todos os parque brasileiros! Os preços podem ser checados aqui.
Aliás, esse guia do Visitante do parque do link acima tem muitas informações super úteis. Vale a pena a leitura dele!
Saímos 6 da manhã de São José dos Campos. Para nós são duas horas e pouquinho de viagem. Na entrada da estrada do parque, num lugar chamado Garganta do Registro, tem uns cafés com pamonha, pão com linguiça, queijos canastra. Enfim, parada quase obrigatória na ida e na volta!
Chegamos 8 e pouco no parque. Para nossa surpresa, o lugar do camping só tem vaga para 4 ou 5 carros. E já estava cheio das pessoas que tinham chegado no dia anterior. Liberaram dois carros para entrar (nós estávamos em 6). Então separamos os maiores carros e colocamos todas as coisas nos dois e algumas mães e as crianças. E o restante das pessoas foram a pé. Na chegada a maior diversão foi escolher o lugar da barraca (o camping muito organizado já tem os lugares pré-definidos e bem demarcados) e começar a montar. As crianças não cabiam em si de tanta felicidade! E como lá tb tem muuuuuita pedra, os pequenos escaladores subiam as pedras o tempo todo. Sempre tinha um pai que precisava estar acompanhando essas pequenas mãozinhas intrépidas.
Escolhemos fazer a base das prateleiras no primeiro dia e a base do Agulhas no segundo.
Para almoço, nós dividimos uma refeição para todas as crianças para cada mãe. Então no almoço do primeiro dia foram iscas de frango à milanesa, penne sem molho, tomatinhos, pepino, cenourinhas. Para os adultos cada casal levou seu lanche. A caminhada para a base das Prateleiras tem uns 4km, de subidas, descidas e planos. Não é fácil para crianças pequenas. Os bem pequenos foram em mochilas e os maiorzinhos caminharam. Principalmente o final da caminhada é mais complicado, bastante trepa pedra com certa exposição, que requer cuidado com eles e mesmo conosco quando carregamos eles. Mas nada que não dê pra fazer.
Primeiro almoço da galerinha.Outra opção, que duas famílias que estavam conosco fizeram, para evitar o trepa pedras e ir para a Pedra da Maçã, que tem uma caminhada mais fácil e uma base de pedra grande onde as crianças podem se divertir bastante, mas não tem a vista de cume. As duas opções são ótimas, dependendo da motivação e o que faz sentir mais confortável! Para ir para a base do prateleiras, é legal que sejam pessoas habituadas com montanha (ao menos para ir com crianças) com conhecimento de caminhar com mais exposição.
Trilha de ida
E o presente foi a vista linda que curtimos lá de cima. O piquenique nas alturas e a sensação de fazer o que mais faz bem para nossa alma!
um dos fotógrafos e malucos por filmes (dá pra notar né). No meio do trepa pedra. Pedras a vencer! descanso merecido Aproveitando a trilha No cume, deu 5 minutos e cadê o Bruno? Quando vimos, tinha corrido com uma galera que estava escalando a Sexto Sentido, uma via na base das Prateleiras e ele conseguiu uma brechinha para conhecer essa via linda!Voltamos felizes e realizados (e pra baixo todo santo ajuda né). Ao chegarmos, o friozinho chegou conosco. Quando o sol se põe na montanha, o frio chega muito rapidamente. Então tratamos de agasalhar bem as crianças e fazer a jantinha deles para esquentá-los. E é claro, como bons habitantes das montanhas, dormir com as galinhas.
Pra baixo todo santo ajuda!Algumas dicas para quem ainda não acampou com crianças em lugares mais frios. È extramente importante, para todos, um isolante térmico, que é como um colchãozinho, que pode ser enchido com ar ou tem alguns de borracha. Ele tem a função de isolar a friagem do solo e faz toda a diferença! E depois um colchão de ar e cobertores ou saco de dormir. Ah, só o colchão de ar direto no chão também passa a friagem, então com colchão de ar também é necessário colocar um isolante por baixo. Bom saco de dormir e cobertores!
Para roupas, sempre uma segunda pele (aquele minhocão de antigamente também vale), ou as roupas térmicas tipo encontradas ne Decatlhon, que são técnicas e tem a função de manter a temperatura corpórea estável. Aliás, acho essas roupas importantes para se ter. Elas são coringas para inverno e passeio em lugares mais frios.
Por cima das roupas térmicas ou minhocão, um fleece, dependendo do frio um fleece mais grosso e um jaquetão. Mas isso chega a prepara-los até para a neve. Em caso de não ter essas roupas técnicas todas, uma camiseta de manga longa de algodão, uma blusinha de lã, um moletom grosso e uma jaqueta. Para adultos e crianças.
Já agasalhadinho para o frio da noite, brincando enquanto o jantar é preparado. A mamãe aqui esqueceu luva!!! Foi com meia mesmo. Ela adorou!Voltando ao jantar, as crianças tomaram uma deliciosa sopa que uma das queridas mães levou congelada para todos! Tomaram, repetiram e se deliciaram! Eles estavam tão entusiasmados com as lanternas, a noite que caiu, as estrelas, a sopa em estilo piquenique, todos juntos na maior festa. Eles estavam suuuper cansados também, pois caminharam muito, então foi só comer e já estavam prontos para dormir. Ah, banho nem pensar, não podíamos esfriar aqueles corpinhos…eles tomariam banho no dia seguinte, quentinhos em casa.
Banquete da noite. Esse é o abrigo do camping, fica protegido do frio e com mesa, um luxo só!Para os adultos, cada casal novamente com sua comida. Teve cardápio super variado, arroz com vários ingredientes, massa com cogumelos e creme de leite, feijão com linguiça…e um vinho porque o frio estava intenso!
Uma linda noite estrelada, fotos noturnas e cama, porque o dia seria intenso!
Como presente, noite de lua cheia!Pegamos 4 graus negativos!!!! Um frio que doía tudo pela manhã! Os pais com certeza sofreram mais o que as crianças a noite, pois ficamos a noite toda preocupados se eles não estavam saindo do saco de dormir, se descobrindo, etc. Eles estavam descansados e felizes!
De manhã, até o rio estava congelado! Uma experiência inesquecível!
Rio congelado Caminho congelado e a atração da manhã, gelo por todo lado!Café da manhã no sol para esquentar do corpo, com alegria de quem via o sol nascer num lugar especial, de quem desfrutava da companhia de amigos com a simplicidade e a grandeza desta paisagem e estávamos prontos para mais uma aventura.
Café da manhã na “cozinha” do camping. Bora esquentar o corpo!As barracas precisam ser desmontadas até as 9 da manhã, para não pagar mais uma diária. Fizemos isso, colocamos as coisas no carro e então fomos para ponte pênsil, antes da base do Agulhas. A caminhada é bem mais leve, praticamente plana. Mas não por isso menos bonita! As crianças podem caminhar sem riscos, tem uma ponte que eles adoraram. E várias pedras no caminho para escalar. Uma vista bonita entre Agulhas e Prateleiras.
Voltamos fazendo bagunça no carro, comemos lanche na para quase obrigatória da garganta do registro e viemos pra casa de alma refeita. E já pensando quando e onde seria a próxima aventura.
Carinha de realizados no segundo dia nesse paraíso!Aos amigos que tornaram essa viagem inesquecível: Luka, Eduardo, Purga, Lika, Ciça, Júlio, Camila, Shibas, Alvadi e Taciane e as crianças que foram a motivação desse lindo encontro: Theo, Nina, Alécia, Sofia, Léo e Pedro…obrigada por tudo!
Família unida na base das Prateleiras Um pouco da paisagem da base das Prateleiras Bruno na trilha com os pequenos Momentos na linda trilha Alguem capotou na volta Theo e Leca aprontando Ponte da trilha das agulhas Nina na ponte Ponte do Agulhas Theo e Leca Ponte de saída para trilha do agulhas Mama 🙂
Panorâmica da praia de Boulders, onde os pinguins moram
Cape Town
Vencido nosso tempo de Rocklands, era a vez de explorarmos Cape Town. Mais 3 horas de mão inglesa, quando chegamos em Cape decidimos não usar mais o carro e ficar só de Uber, que era super barato. Pois era um pouco estressante dirigir na cidade com a mão inglesa (rotatórias então, davam curto no cérebro).
Nossa casa foi alugada no AirBNB, bem próximo ao Waterfront, o que nos deixava muito bem localizados para tudo. A casa era maravilhosa, tipo casa de sonhos mesmo, cozinha americana toda em inox, quartos lindos e bem decorados, banheiro de sonho. Proprietários amáveis e atenciosos. Não podíamos ter sido mais bem recebidos em Cape Town. Chegamos e fomos ao Waterfront e Aquário, passear e jantar.
Um conselho que ouvimos bastante foi o de ficar dentro da zona turística, é bem simples de achar essa informação no google e realmente acho importante. Precisamos lembrar que o apartheid ainda é muito recente na África e existem zonas realmente perigosas. Não vimos e nem passamos por nenhum caso em Cape Town, mas ficamos basicamente nessa área. A região do Waterfront é mais do que indicada. Foi a cidade que achei mais casas lindas por preços razoáveis, então, aproveite bem a escolha!
Logo na chegada fomos no WaterShed, uma feira de produtos de design que dá vontade de comprar tudinho, mas é mais caro que as lojinhas normais. Mas tem produtos bem diferentes também. Vale a pena a passada lá.
Ao lado fica o Aquário, que e algo entre um oceanário e um aquário, com vários grandes tanques. As crianças tiraram fotos dentro de um deles que tem centenas de peixe palhaço, viram tartarugas e peixes gigantes. Uma visita cheia de experiências novas para eles.
Na casa do peixe-palhaço. A carinha deles já diz tudo!Um dos tanqueso túnel de peixes, segundo o Theo
O Waterfront é charmosíssimo, cheinho de restaurantes, lojinhas, lugar obrigatório para turistas e compras de lembrancinhas. E não é perigoso. Nessa região, caminhávamos com tranquilidade, com câmera a mostra e tudo. Mas saindo dessa região, andávamos sem câmera fotográfica e apenas de Uber.
Li muito sobre segurança nas cidades onde passamos. A zona turística de Cape Town é muito de boa, mas saindo dela, cuidado, sem câmeras, relógios, iphones a mostra. Vale a pena o cuidado.
Tiramos a foto clássica da vista da Table Mountain e jantamos lá mesmo, num restaurantinho delicioso. As refeições saíam em torno de 30 dólares para 2 adultos e 2 crianças, com vinho. Ou seja, super barato! Segue esse restaurante.
Foto que não podia faltar. Emoldurando a Table Mountain.Waterfront ao por do sol.
No segundo dia, tínhamos a melhor previsão de tempo, e decidimos então que era o dia da Table Mountain. Nosso plano era subir a pé, com Nina na mochila e Theo caminhando. Quando começamos os primeiros de centenas e centenas de degraus altos, que para um criança de 4 anos era uma pequena escalada cada um, decidimos mudar de planos. O Bruno foi na caminhada e eu subi de teleférico com eles. Foi a melhor decisão pois ele não ia aguentar essa subida. Precisamos lembrar que ele tinha apenas 4 anos.
Quando começamos a caminhada.
Os tickets custam em torno de 30 dólares por pessoa, não são baratos, mas valem muito a pena.
Chegamos antes do Bruno, claro, caminhamos e fizemos escaladinhas lá por cima, exploramos, as crianças lancharam e nisso o papai chegou. Juntos e muito felizes por estarmos tendo mais essa experiência, fomos almoçar na lanchonete lá de cima. Sabe o que surpreende? No alto de uma montanha, onde os insumos chegam apenas por teleférico, um restaurante de verdade, com refeições e taças de vinhos e atendendo a milhares de pessoas por dia. E mais, preços acessíveis, nada abusivo pelo lugar onde estávamos. Comemos, com uma deliciosa pipoca doce de sobremesa, passamos na lojinha e voltamos gratos e plenos para casa!
Vista da trilhaNos esperando o papai, tio Purga e tia LikaVisual de la de cimaBrincando de tal mae tal filha
Assim, no próximo dia, íamos finalmente conhecer a praia de Boulders, que tem a colônia de pinguins. Cedo nos dirigimos para o Cabo da boa esperança, distante cerca de 1 hora de Cape Town. Todos os parques lá são nacionais e pagos. Paramos primeiro no parque do cabo da boa esperança. No caminho, passamos por Simons Town e tivemos que desviar de macacos atravessando a rua. Lá no parque, vimos muito mais macacos e avestruzes. Lá tb venta muito, então leve casaco.
Ao entrarmos no parque do Cabo da Boa esperança, pagamos a entrada e dirigimos mais uns 20 minutos até o cabo. Muitos avestruzes, babuínos de todos os tamanhos um mar revolto e bastante turista. Se for avaliar pelo lado natureza, é bonito, mas nada excepcional. O que faz o lugar se tornar especial é lembrar que aquele cabo faz parte da nossa história também, e tudo o que aconteceu além mar naquela ali naquele lugar. Isso foi muito legal!
Não alimente nenhum daqueles animais. Eles são soltos, livres e buscam seu alimento sozinhos. Não vamos interferir na cadeia alimentar deles, ok? Aliás, esse é um pouco que respeitei muito na África do Sul. Os animais são livres e convivem em harmonia com as pessoas, nessas regiões menos urbanas, você encontra cervos, antílopes, macacos, babuínos, tartarugas, todos livres. E não estamos falando em Safari.
Paramos nosso caminho para o ilustre morador atravessar a rua!Cabo da Boa Esperança!Babuíno lindo que parou para a foto (mas não podemos chegar muito perto)Finalzinho da África…filhotes de babuínos
florzinha de lá
Voltando desse passeio, resolvemos almoçar em Simons Town, numa restaurante que estava como número 1 do tripadvisor e a escolha não poderia ser mais acertada! Lindo, super bom gosto, vintage, com atendimento cuidadoso e comida deliciosa. Chama-se The Lighthouse Café e recomendo quase como passagem obrigatória fazendo esse passeio!
Lindíssimo restaurante e a comida maravilhosa!
Ele também não saiu da média dos 30 a 40 dólares para a nossa família, com vinho e cerveja e pratos para as crianças.
E para fechar nosso dia, fomos ver os famosos pinguins. Eu estava mais ansiosa que as crianças.
O pinguim-africano (Spheniscus demersus) é a única espécie dos 17 pinguins conhecidos que vive na costa da África. Parente próximo – são do mesmo gênero – dos três pinguins que moram na América do Sul (o pinguim-de-Magalhães, o de Humboldt e o de Galápagos), o africano quase foi extinto na natureza e hoje é considerado pela União Internacional para a Conservação da Natureza como ameaçado de extinção.
Em 1982, um casal pioneiro de pinguins-africanos foi avistado na praia e adotou o lugar como casa. Desde então, e devido a ser parte de um parque com alta taxa de preservação, hoje eles são em torno de 3000 pinguins.
O ingresso custa 5 dólares por pessoa (crianças não pagam) e pode entrar na reserva. Mas mais uma vez ponto para a África. Você anda em passarelas sobre a vegetação, causando quase nada de impacto sobre ela e os pinguins ficam soltos. Eles são danados, como a cerca é bem baixinha, volta e meia você tem que esperar um pinguim cruzar a passarela ou andar na sua frente. Não é para tocá-los (eles mordem) e nem alimentá-los. O barulho é alto! Dei muita risada ao ver minha pequena de dois anos e meu maior imitando o jeito de andar de um pinguim e fazendo o mesmo barulho que eles fazem!!! Experiências que espero que eles consigam lembrar alguma coisa (pelo menos tem fotos).
A trilha onde se caminha para chegar até os pinguins.um duplinha lindaos donos do showe a praia que é a casa deles
Esse é um passeio que dá bem para fazer num dia. Cabo da Boa esperança, almoçar em Simons Town e praia de Boulders dos pinguins. E voltar ao anoitecer!
No outro dia, mais lembrancinhas, passeios no centro e Waterfront e bora mudar totalmente de paisagem! Agora era vez de subir um pouco para outra região montanhosa e mais fria, Franschhoek e conhecer as melhores vinícolas da África do Sul!! E depois Safari e Johanesburgo.
Franschhoek
Esse é um passeio que tb dá para fazer de bate e volta de Cape Town, mas Franschhoek é tão linda, tem tanta vinícola, hotel e restaurante bom que vale a penas gastar uma ou mais noites lá! Foi o que nós fizemos! Fica apenas uma hora de Cape Town, mas vá dormir por lá. Não vai se arrepender!
Franschhoek é uma cidade que foi colonizada por franceses huguenotes, refugiados da perseguição religiosa. Eles trouxeram a cultura do vinho e da gastronomia. Hoje, apesar da língua francesa não ser mais falada na região, o vinho e a gastronomia local fizeram com que essa região (que pertence ao município de Stellenbosh) se tornasse a região turística de gastronomia e vinícolas do país. A alta qualidade dos vinhos e espumantes e as vinícolas que têm até 300 anos trouxeram a prosperidade e o turismo.
Ah, lá é uma cidade mais cara de hospedagem, então as coisas estavam fora do que estávamos dispostos a gastar por noite. Procuramos muito por tudo e achamos uma guest house no airbnb (e depois a descobrimos no tripadvisor) que foi uma surpresa deliciosa! A proprietária é Austríaca, que morou muito tempo na Namíbia e depois constitui família e fez hotelaria na China. Agora comprou uma casa linda em Franschhoek e abriu a guest house. Super bom gosto, cuidado com a preparação do quarto para nos receber, mimos como bombons, garrafa para aquecer água da mamadeira da nina, lenha para a lareira do quarto. Banheira antiga com sais de banho (nem precisa dizer que as crianças piraram né). E o café da manhã. Esse merecia um capítulo à parte! Tudo feito por ela e suas ajudantes, tudo artesanal e cheio de mimos, muffins, biscoitos, iogurte caseiro, waffle com morangos e creme, panquecas, e várias coisinhas como ovos com linguiça feitos na hora. Foi absurdo! Chama-se The Corner House.
Nosso quarto, já personalizado pelas criancasMimo da pousadaJardim da pousada
Na nossas visitas as vinícolas, como tínhamos apenas 2 dias, demos uma escolhida no que visitar. E optamos por Chamonix e Haute Cabriére (especializado em espumantes). A primeira porque sediava um restaurante que chama-se Racine e recentemente foi comprado pelo renomado chef sul africano Reuben Riffel. Agora ele chama-se Reuben’s Franschhoek (ele tem restaurante em Cape Town e alguns outros lugares também).
Reuben’sMais uma foto do restauranteMeu prato de delicioso de carne de porcoVinícola Haute CabriéreHaute CabriéreNossa degustacao nela
Esta foi uma deliciosa surpresa da África do Sul. Faça reserva porque o restaurante é pequeno e bastante procurado. A vinícola é muito pequena e os vinhos são apenas razoáveis, mas o restaurante é surpreendente. Alta gastronomia, preço bem razoável. Mistura de sabores africanos e europeus super harmonizados e com aparência belíssima. O restaurante em si tb é um charme e o serviço muito atencioso. Fomos com crianças e até o prato kids era especial e elaborado, além de ser muito diferentes de bife com batata frita! Vale muito a ida a ele! E as crianças foram muito bem recebidas, algumas vezes em restaurantes melhores já tivemos caras feias. Depois da refeição, fizemos a degustação de vinhos.
A próxima foi a Haute Cabriére, lindíssima, grande vinícola, especializada em espumantes. Fizemos uma degustação personalizada (era super barata), visita as caves e dá-lhe provar espumantes!
Ah, uma coisa engraçada que nos aconteceu. Para irmos para a primeira vinícola, pegamos um Uber. Da primeira para a segunda, nada de achar Uber! Ai o dono da vinícola Chamonix, gentilíssimo, nos levou em seu carro até a próxima. E de lá, o pessoal da vinícola achou uma van para nos levar pro hotel. É tudo muito perto, cerca de 2km entre elas e o hotel, mas estávamos degustando vinhos o dia todo e não queríamos esse risco! Lá não conte com Uber. Negocie um taxi previamente se seu interesse for ficar degustando vinhos!
Ficamos com vontade de provar o restaurante La Motte, mas como é uma refeição de 5 courses e eles pedem até 4 horas para a refeição, imaginamos, mas só imaginamos (rs) que não iria ser nenhum mar de rosas com as crianças. Em resumo…no way. Mas se você estiver sem crianças, acho que deve ser maravilhoso!
No outro dia passeamos pela feira livre, lojinhas, comprinhas, supermercado. Fizemos uma visita a uma fábrica de chocolate, que na verdade derretem chocolate Callebaut e colocam em forminhas (não vale a pena). Mas a feira foi uma delícia. É dessas feiras que acontecem no domingo.
Feira localCarne secaTheo curtiu (ele o pai só)
E então nos preparamos para um dos pontos altos da viagem, o Safari, que ficará para o próximo post!
E já que escalar é a nossa essência, bora pra mais uma empreitada…Rocklands!
E aqui tem um pequeno filme sobre como foram nossos dias em Rocklands, de longe até agora nossa viagem mais incrível! Dá para sentir um pouco do clima de lá, da nossa casa temporária, do café, das amizades, da escalada, e um pouquinho de tudo o que você vai ler aqui em baixo.
Como decidimos por essa viagem… bem temos uma única oportunidade de férias longas por ano e elas devem ser bem pensadas. Queria (e ainda quero) Tailândia e outros mais distantes, mas com 2 crianças pequenas e apenas 20 dias não considerei passar 2 dias em trânsito pra cada perna. Considerando a abertura de um compasso de uma perna de voo e no máximo 12 horas dentro do avião as opções eram Estados Unidos, Europa ou África.
Peraí…África? Então fui estudar um pouco as possibilidades. Sempre tento conciliar nas escolhas das viagens experiências de escaladas e natureza (quase todo o tempo) com experiências culturais, conhecer o país, provar da comida e bebida local. Então pesquisando vi que a África era um ótimo destino.
Essa aventura foi feita com mais dois grandes e amados amigos, Purga e Lika, que além de companheiros, parceiros, são grandes tios e amados pelas crianças! Parceiros tão legais que já ficamos sonhando com a próxima com eles!
E assim fechamos o destino. Mas sempre que viajamos para escalar, aproveitamos a oportunidade de conhecer o local onde estamos, os passeios, natureza, tudo. Então fomos atrás de informações do que seria legal para fazer com 2 crianças pequenas. Safari, quando se pensa em África, vem logo Safari na cabeça. A primeira idéia é de custo proibitivo, navegando um pouco mais na net, vi que dava para fazer algumas opções mais em conta. Vamos lá:
Krugger Park – tem a opção de fazer o safari por conta, ou seja, alugar um carro ou mesmo passeios bate e volta saindo de Johanesburgo e conhecer o Krugger. A grande vantagem é custo. As desvantagens que vi, você pode rodar o dia inteiro com seu carro e não cruzar os animais, porque nos horários de maior atividade deles, o parque está fechado para este tipo visitações e você acaba sem ver animais, ou os encontra deitados e passivos. Não era uma opção para nós passar o dia dentro do parque rodando. Aí partimos para os Games Reserve, que são como resorts, de todos os preço e níveis, que normalmente oferecem 2 safáris por dia, nos melhores horários (manhã e entardecer) e as refeições. Normalmente esses hotéis têm várias atividades durante o dia. Mas a maioria deles não aceita bebês, apenas crianças maiores de 12 anos e os que aceitam tem preços que para nós eram impraticáveis (mais de USD1000 a diária). Reduziu um pouco mais a lista.
Na região do Krugger, o mais visitado por quem vai com crianças é o Sabi Sabi (clique aqui), mas ele estava além das nossas expectativas de custo, lembrando que nossas viagens devem também ser econômicas, sem deixar de fazer nada. Então comecei a ver safaris em reservas privadas fora da região do Kruger, em outros parques e achamos inúmeras opções. Quando chegarmos na parte do Safari desse nosso post, vou explicar bem sobre a nossa escolha. Perto de Cape Town, na região do Garden Route, existem vários. Esse era um ponto positivo, um pouco menos de estrada com as crianças. E aí fechamos o Game reserve por lá mesmo.
Nosso roteiro então ficou:
Rocklands o paraíso da escalada e super amigável para crianças e famílias, Cape Town, Franschhoek (região das vinícolas da África do Sul), Garden Route, Safari, Johanesburgo. Poucas cidades, mas com tempo o suficiente para curtir cada uma e não desgastar muito as crianças com abre e fecha de malas e trânsito. E funcionou super bem!
1 PARTE – ESCALADA – Rocklands
Pra sentir um pouco do clima da escalada e das possibilidades infinitas que existem por lá. Rocklands foi inicialmente descoberta como potencial de escalada e desenvolvida por Fred Nicole, Todd Skinner e alguns amigos em meados dos anos 90. Tivemos o prazer de cruzar com o Fred Nicole por lá, já que ele estava gravando uns takes para um documentário novo.
Passamos 8 dias lá, encontrei uma casa de um site que aluga para escaladores e está cheio de boas referências, tanto no site (bem organizado por sinal), como no Trip Advisor. Uma fazenda na região de Cederberg Moutains que chama-se Alpha Excelsior e pode ser consultado através desse link.
Quando comecei a pesquisa, vi que os preço na África do Sul, pelo menos fora dos Resorts de Game Reserve pra safari, eram baratos. Então nossa casa não foi diferente. Alugamos uma casa com 4 quartos por cerca de 60 dólares por dia, o que dividimos em 2 famílias, ficou ótimo! Se for com mais gente então, fica super barato (essa casa era para 12 pessoas).
Detalhe, lá é uma fazenda produtora de vinhos, azeite e chá de rooibos, então eles te fornecem vinhos, azeite, olivas e tem crash pads para alugar! É perfeito! Outra, se for durante a temporada de julho a setembro, eles tem um café aberto, servem café da manhã, comidinhas deliciosas durante o dia e uma vez por semana uma pizza maravilhosa. O clima da fazenda é super familiar e descontraído, pois mantém a divulgação somente entre os conhecidos, já o objetivo é exatamente só atrair as pessoas certas para lá.
Montanhas Cederberg e seu céu sul-africanoCasa que ficamos, em frente as parreirasNosso quintal, onde brincamos muito e de onde guardamos queridas recordações. Foto by PurgaDetalhe do exterior da fazendaNascer do sol na nossa casinha temporáriadetalhe das parreirasPurga e Lika namorando as fotos do diaDentro da nossa casaA linda entrada na nossa casaFuncionárias da Alpha Excelsior cuidando das preciosas parreirasPássaro típico da região espreitando para comer bichinhos ao pôr do sol.
Outra opção de estadia e preferida por quem fica mais tempo por lá, por ser mais econômica, chama-se De Parkhuys. É um lugar com chalezinhos, barracas, dentro do setor de escaladas. Você pode conhecê-lo por aqui.
Becky e James, os proprietários da casa que ficamos, são incríveis, ela já morou um tempo no Brasil e adora os brasileiros. Até um ursinho de pelúcia eles deixaram na casa para a Nina como presente.
As casas são bem estruturadas e quando aparece algum probleminha (no nosso caso foi água quente), James foi super solícito e resolveu rapidinho. O wifi não é bom, funciona apenas na região do café. Mas no final das contas isso foi até legal, porque todo mundo se encontra no café, acaba se conhecendo, conversando, trocando experiências e dicas de escalada e passeios.
Aliás, o café é “o pico”, pois é o único lugar que tem um café expresso bom (lá é muito café solúvel) próximo aos picos de escalada. O lugar é aconchegante, a comida gostosa, excelente música e vendem produtos locais para escaladores como hand balms etc… A Hen House, que é o nome deste café mágico, torna a viagem ainda mais especial!
Hen House e a cozinha de onde saíam maravilhas para o nosso café da manhã!Não…não é almoço, é o café da manhã do Bruno, meu marido! o)
Eles tem uma filhinha linda, Emily e vários cachorros, companheiros de caminhadas e de fotos matinais. Provem o vinho assemblage, uma deliciosa experiência e recordação (achamos que é o melhor deles, apesar do Pinotage ser famoso na África…da produção local deles, esse definitivamente é o melhor).
Muito importante sobre a escalada lá. É necessário adquirir o passe de escalada. Ele pode ser comprado no restaurante Travelers Rest, na estrada principal ou no próprio de Parkhuys. O problema é conseguir encontrar a pessoa no Parkhuys, então para nós foi mais fácil ir até o restaurante na estrada. O passe custou cerca de 15 dólares por pessoa, para uma semana.
Nós precisamos mostrar nossos passes apenas no setor Rhino, que é um dos mais conhecidos e frequentados. Lá haviam representantes do parque que pediram para ver nossas licenças. Mas certo é certo né, então se for escalar por lá, já sabe do passe!
Outra dica valiosa é o guia de escalada do Scott Noy. Atualmente é o melhor guia de lá (todos escaladores que cruzar por lá estarão com um destes na mão). Meu marido não conseguiu comprar a tempo pela internet e acabou entrando em contato diretamente com o Scott. Por uma feliz coincidência ele e a namorada estavam indo para lá e estavam hospedados na mesma fazenda. Nos encontramos e trocamos idéas e betas direto na fonte. Pessoas incríveis! Você pode entar em contato com ele e comprar o guia por aqui. O guia também é vendido na Hen House e no Travelers Rest.
Sobre os picos, fomos no primeiro dia no Middle Plateau, pouquíssima caminhada, dentro do de Parkhuys , que é um camping/chalés. A galera que procura lugares mais baratos ainda e com um pouco menos de conforto fica lá. O setor é super democrático, de V0s a V7 e dividido entre Far Plateau, Middle Plateu e Close Plateau. Um pôr do sol lindo trouxe ainda mais brilho para o nosso fim de primeiro dia.
Theo escalando com a linda vista do Close PlateauParceirinhoA expedição dos dinossauros estava a todo vapor!E continuava!Com a energia contagiante do lugar papai mandou o Girl on Our Mind 6B+ flash 🙂Uma variante 6a+ que o Scott Noy nos apresentou.
No outro dia fomos ao setor Roadside onde passamos um inesquecível dia de escalada nesse setor maravilhoso e não menos democrático. A rocha permite que você escale por um bom tempo sem degastar muito os dedos. Havia mais um menininho por lá, um holandês, que fez companhia para Nina e Theo.
V3 que não lembro o nome…Lika no mesmo V3 que o Purga está me devendo o nome! rsCassy 6a+ à vista (sem crash 🙂Um dos muito soninhos durante o diaSimbora na trilha (uns 20 minutinhos, plana e linda!Bruno sacando o boulder e as crianças. Energia deliciosa dos nossos dias! Foto by Purga
Lá conhecemos as primeiras Proteas, as flores símbolos da África. Essa flor é muito interessante pois além de lindíssima e de ter várias espécies, para que ela floresça com força, é necessário queimar o pé todo. Antes de serem queimadas quando já estão secas elas parecem flores de madeira e foi assim que o Theo as batizou.
Linda Protea – flor símbolo da África do Sul
Alguns boulders foram batizados pelas crianças lá, temos o tartaruga e o Chimi, dois boulders que o Theo escalou e nominou. (Scott, é contigo para colocar no guia).
Theo serelepandoAaron o amiguinho holandês que ficou o dia todo com o Theo & Nina
No dia de descanso fomos para um pequeno parque de águas quentes, chamado Citrusdal. Ele fica há uma hora de Clawilliam, tem algumas pequenas piscinas (banheiras naturais) de água quente, na qual ficamos como saquinhos de chá mergulhados e brincando nelas. Eles também tem umas piscinas grandes, mas a água estava tão quente que não conseguimos aguentar muito tempo. O restaurante não abre o dia todo e fora dos horários só serve salgadinhos e comidinhas empacotadas, que tiveram que ser o nosso almoço. Como tínhamos planos de comer no restaurante, não fomos preparados. Então leve lanche.
Outro setor que conhecemos foi o Archie Valley. Esse é um setor de muitos boulders clássicos, no alto da região do Far Plateau, com uma linda vista panorâmica. Ventou muito nesse dia, tanto de chegar a incomodar, então se tornou um pouco mais cansativo, porque como o chão é formado por areia, ela entrava muito nos olhos das crianças, mas mesmo assim, vencemos o vento e passamos o dia lá.
Nós, cheíssimos de areia (ventava muito nesse setor)A vista maravihosa, uma das regiões mais altas que fomos.Querido e route setter tio Purga, com toda a paciência sempre treinando o Theo!Um 7a que não saiu cadena ao lado do Sex Etiquette 6C da Lisa Rands
E decicimos ir num dos mais distantes setores, num outro dia. O Sassies. Ele ficava há uns 30 min de carro. Achamos o estacionamento, ficamos um pouco perdidos com as instruções do guia sobre como chegar lá. Entramos numa porteira com uma ponte e caminhamos por 30 minutos, a instrução eram 10 min. Não achamos nada. Chegamos no pé da montanha e vimos apenas que estávamos na região mais “selvagem” de toda a viagem, começamos a ver uns animais não usuais das regiões mais habitadas, muitos, muitos buracos de cobra no chão e começamos a ficar preocupados. Decidimos voltar e ir pro outro lado. Caminhamos então para a direita, mais uns 30 min e continuamos sem achar nada. Demos almoço para as crianças, prestando bastante atenção nas redondezas e voltamos para outro setor, afim de não perdermos o dia. Fomos então para o Fields of Joy, no alto da montanha. Logo a lado do de Parkhuys. Ele requer uns 10 min de caminhada (só adultos), montanha acima. Com crianças que fazem sua trilha no chão, como o Theo, demoramos pelo menos uns 20 minutos, pois ele tinha algumas escaladas no caminho e muito trepa pedra para vencer, pouco a pouco. E nosso guerreirinho fez sua trilha sozinho!
A vista é linda! O setor é um pouco espalhado e de cume, então não dá pra deixar as crianças soltas, pois é mais perigoso e os boulders apresentam graduação mais alta também.
Ao retornarmos para a fazenda, alguns escaladores que nos ouviram dizendo para onde iríamos, vieram comentar que o setor era realmente perigoso, pois era local onde haviam cobras cuspideiras, que se elevavam na altura das crianças e cuspiam veneno. Enfim, acreditamos muito que foi para nos proteger que não encontramos o setor!
Na trilha para o setor Sassies (que não encontramos)Vida no desertoTheo que nos guiou, havia pegadinhas brancas por toda a trilha!Nina curiosa e animada!Queridos Tio Purga e tia Lika!
E para fechar nosso período de escalada, voltamos ao Far Plateau, os setores do Plateau foram os meus favoritos, pela distância, pela base que é ótima para as crianças brincarem e pelos boulders maravilhosos!
indo embora depois de um tempo inesquecível!Tio Evan no minki 7b3 palhacinhos!Theo e Roiboos, companheiro da Alpha Excelsior que ficava no pico conoscoBote que não saiu mas sai na próxima 🙂V3 que não lembramos o nome. Essa foto é um screen shot do filme. Pra mostrar que nem tudo são flores, Nina chorava muito pedindo a mamãe – como se escala assim????! Não podia tirar ela do colo! o(Campari Orange 6b
Uma das noites, Becky e James fizeram uma pizzada, regada a vinho e cerveja, muita conversa boa e risada. Pizzas deliciosas feitas pelos dois, bom vinho e cerveja e amigos reunidos…uma noite memorável!
Noite da pizza, todos os escaladores locais reunidos para uma pizzada inesquecível!Nossa turminha
Não podíamos deixar de agradecer os amigos que fizemos lá e tornaram nossa passada por Rocklands ainda mais inesquecível! Evans e Stephen. Nos encontramos por acaso, Evans é aquele mineirinho que vive há muito tempo fora do Brasil mas ainda não perdeu seu “uai sô” (será que mineiros um dia perdem?). Gente boníssima, ficou amigo nosso e das crianças, levou a todos os picos e escalamos juntos! Agora é torcer pra esse mundão nos juntar novamente por algum lugar!
Evans tem um blog que conta da viagem incrível que ele fez. Vale a visita!
E para fecharmos nosso período em Rocklands, fomos visitar a casa de chá de Roiboos, uma casinha charmosíssima, cheia de chás deliciosos e produtos naturais.
Nina brincando de servir chá na casa de chás. Ela se deliciou!A carinha da casa de chás.
Com muita gratidão e saudades encerramos nossa visita em Rocklands e partimos para Cape Town, Franschhoek, Garden Route, Safari e Johanesburgo! Vem conosco!